Minas Gerais avança na integração entre a Atenção Primária à Saúde (APS) e a Atenção Especializada (AE), com o Programa de Teleconsultoria Clínica, que oferece orientações para o manejo de casos, otimizando os serviços e reduzindo os encaminhamentos.
Desde julho de 2024, 149 municípios já estão utilizando a teleconsultoria na rotina das Unidades Básicas de Saúde. O programa está sendo implementado em fases, com duração total de 12 meses.
A primeira fase abrange oito macrorregiões, priorizadas por critérios epidemiológicos e sanitários: Centro, Jequitinhonha, Norte, Noroeste, Nordeste, Leste, Leste do Sul e Oeste.
A incorporação das teleconsultorias ao fluxo de atendimento ambulatorial especializado no Estado é coordenada pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) e financiada pelo Ministério da Saúde. O programa é executado pelos Núcleos de Telessaúde da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), pelo Hospital das Clínicas (HC) da UFMG e pela Fundação Educacional Lucas Machado (Feluma).
O objetivo é sensibilizar os municípios da importância dessa tecnologia e seu uso, para que compreendam o quanto é vantajoso para o profissional que a utiliza, e como isso retorna no cuidado com o usuário.
Integração entre a atenção primária e a especializada
As teleconsultorias são feitas em plataformas virtuais, em que profissionais da Atenção Primária à Saúde podem enviar dúvidas clínicas para teleconsultores especializados. O prazo de resposta é de até 72 horas, com a possibilidade de envio de novas informações ou dúvidas após a resposta inicial.
Avaliação
Segundo o primeiro monitoramento quadrimestral do Programa de Teleconsultoria Clínica, feito em setembro, o manejo clínico foi resolvido na própria APS em 86,81% dos casos, evitando encaminhamentos para a AE e qualificando o atendimento ao usuário.
No período entre julho e setembro, foram 517 teleconsultorias em 24 municípios, com uma média de satisfação de 4,91 (em uma escala de 5) entre os profissionais que utilizaram o recurso.
Fonte: Jornalismo SES-MG