“Levaremos décadas para recuperar níveis de erradicação de doenças como coqueluche e sarampo”, denuncia o presidente da AMM, 1º vice-presidente da CNM e médico, Dr. Marcos Vinicius
Oito em cada dez prefeituras mineiras sofrem com a falta de vacinas. A denúncia foi feita pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), em pesquisa que corrobora levantamento da Associação Mineira de Municípios (AMM) no final de agosto deste ano. A escassez dos imunizantes coloca em xeque a saúde da população.
“A AMM alertou para este problema em agosto e, em setembro, apresentamos os resultados da nossa pesquisa. A CNM fez dois outros levantamentos e ambos corroboram os nossos números. A AMM notificou o Ministério da Saúde em setembro, o Ministério admitiu que faltavam os imunizantes e deu várias desculpas: desde a falta de matéria-prima, até problemas de logística. E, até hoje, a escassez não foi resolvida, colocando em risco a vida de milhares de pessoas”, critica o presidente da AMM, 1º vice-presidente da CNM e prefeito de Coronel Fabriciano, Dr. Marcos Vinicius, que é médico.
Ele alerta que a falta de vacinas pode trazer de volta surtos de doenças que estavam erradicadas, como o sarampo e a coqueluche, cujos números avançam pelas cidades mineiras. “Levaremos décadas para alcançar níveis de erradicação dessas doenças novamente. Décadas! E não foi por falta de aviso ou de cobrança. A AMM está cobrando, a CNM está cobrando, mas, infelizmente, não temos resposta positiva do Governo Federal”, afirma Dr. Marcos Vinicius.
Pesquisa CNM
A pesquisa da CNM foi feita em setembro e refeita no fim de dezembro com a participação de 312 municípios em ambas as edições. Ou seja, 312 cidades responderam as duas edições. Das participantes, 236 sofriam com a falta de imunizantes na primeira edição. Na segunda, o número subiu para 258, aumento de quase 10%.
A pesquisa da CNM pode ser conferida, na íntegra, pelo link: https://cnm.org.br/storage/biblioteca/2024/Estudos_tecnicos/202412_SAU_ET_%20Estudo_de_Falta_de_Vacinas_.pdf