MS reforça, também, estratégias de microplanejamento nos municípios, como o Dia D de vacinação, busca ativa de não vacinados, vacinação nas escolas, checagem da caderneta de vacinação, entre outras
Para celebrar o marco histórico dos 50 anos do Programa Nacional de Imunizações (PNI), o Ministério da Saúde inicia uma série de ações de conscientização sobre a importância da vacinação e relembra as cinco décadas da implantação do programa de imunização brasileiro. Até o dia 18 de setembro, o Ministério da Saúde, em parceria com a Câmara dos Deputados e o Governo do Distrito Federal, promove uma semana dedicada à vacinação no Congresso Nacional, um espaço simbólico para a democracia e para incentivar a vacinação em todo o País.
A vacinação será no Espaço do Servidor da Câmara do Deputados e estarão disponíveis vacinas contra Hepatites, Febre Amarela, Antitetânica, Covid-19 e Influenza, somente para o público adulto. A ação acontece até a próxima segunda-feira (18), das 9h às 16h30. A iniciativa visa incentivar a atualização da caderneta de vacinação dos profissionais e visitantes do Congresso, assim como conscientizar para os benefícios da vacinação.
História e papel do PNI
Considerado um dos mais bem-sucedidos programas de vacinação do mundo, citado como referência mundial pela OMS e responsável pela eliminação de doenças que no passado causavam milhares de vítimas no Brasil, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) completa 50 anos neste mês de setembro.
Criado em 1973, o Programa Nacional de Imunizações distribui cerca de 300 milhões de doses de imunobiológicos, entre vacinas, soros e imunoglobulinas, por ano. O PNI é responsável pelas políticas de redução da transmissão de doenças imunopreveníveis com fortalecimento de ações integradas de vigilância em saúde para promoção, proteção e prevenção da saúde da população brasileira.
Com 48 diferentes imunobiológicos ofertados, o PNI é um dos maiores programas de vacinação do mundo. Doenças que antes causavam milhares de vítimas no passado, como varíola e poliomielite, foram eliminadas com o trabalho de profissionais ligados ao PNI. Outras doenças transmissíveis também deixaram de ser problema de saúde pública por meio da articulação do programa.
O programa também é responsável pela definição do Calendário Nacional de Vacinação, que contempla todas as vacinas de rotina. Essa diretriz acompanha todos os brasileiros desde o primeiro dia de vida, orientando o período e as vacinas que devem ser tomadas.
Movimento Nacional pela Vacinação
O governo federal resgatou a vacinação como prioridade para o País. Como parte da retomada e fortalecimento do Programa Nacional de Imunizações, o Ministério da Saúde lançou, em fevereiro, o Movimento Nacional pela Vacinação com o objetivo de retomar a confiança dos brasileiros nas vacinas e da cultura de vacinação no País, fazendo com que o Brasil volte a ser referência no tema.
A iniciativa é considerada um grande movimento, com diversos atores da sociedade. A ação inclui vacinação contra a Covid-19 e outros imunizantes do Calendário Nacional de Vacinação em várias etapas ao longo de 2023.
Multivacinação
Uma das etapas do Movimento Nacional pela Vacinação é a Campanha de Multivacinação, lançada em agosto, para atualizar o calendário de vacinas de crianças e adolescentes até os 15 anos de idade. Até o momento, 11 estados já receberam a mobilização, que será em todo País neste ano.
Em uma estratégia inédita e com um investimento de R$ 150 milhões, o Ministério da Saúde promove ações de microplanejamento nos estados, conforme o calendário da multivacinação. As equipes da pasta percorrem todo o Brasil em treinamentos com gestores e lideranças locais, para ajustar a estratégia de vacinação de acordo com a realidade de cada região do País.
A multivacinação foi antecipada nos estados do Amazonas, Acre e Amapá. A medida teve como objetivo conter doenças já eliminadas no Brasil, diante da queda das coberturas vacinais registrada nos últimos anos. O alerta se deu, ainda, pelo risco de reintrodução da poliomielite no País. Desde 2016, o Brasil consta na lista da Organização Mundial da Saúde (OMS) como local de alto risco para a reintrodução da doença.
Microplanejamento
A estratégia é um método recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que consiste em diversas atividades com foco na realidade local, desde a definição da população-alvo, escolha das vacinas, definição de datas e locais de vacinação, até a logística. A proposta é alinhar essas estratégias com gestores e lideranças locais para alcançar melhores resultados e melhorar as coberturas vacinais. Essas iniciativas contribuem para que as metas de vacinação sejam atingidas.
Entre as estratégias que podem ser adotadas com o microplanejamento pelos municípios, estão o Dia D de vacinação, busca ativa de não vacinados, vacinação nas escolas e para além das unidades de saúde, checagem da caderneta de vacinação, intensificação da vacinação em áreas indígenas, entre outros.
Fonte: Ministério da Saúde
Mais informações com a assessora técnica de Saúde da AMM, Juliana Marinho, pelo WhatsApp (31) 2125-2400.