Casos confirmados de dengue, chikungunya e zika vírus em Minas Gerais aumentam 754% em um ano

É essencial o trabalho coletivo de mobilização entre o Estado, municípios e população para as ações e estratégias de prevenção e diminuição dos casos

O verão e, sobretudo, as chuvas de início de ano trazem velhos problemas aos municípios e à população: o aumento no número de casos de doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti. Conforme dados divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), o aumento de diagnósticos positivos de dengue, chikungunya e zika vírusé de 754% na primeira quinzena de 2024 em relação ao mesmo período do ano passado. Até 15/01, Minas Gerais registrou 5.206casos de dengue e chikungunya no Estado. Somente no período de uma semana foram computados 4.672 testes confirmados de dengue e chikungunya em Minas Gerais.

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), em parceria com a Associação Mineira de Municípios (AMM) e o Conselho das Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais (Cosems-MG), fez, na quinta-feira (18/01), apresentação on-line sobre o cenário, os impactos e perspectivas das arboviroses (dengue, zika, chikungunya e febre amarela) em Minas Gerais para 2024. O encontro foi direcionado aos prefeitos, secretários municipais de saúde e referências de outras Secretarias Municipais de todo o Estado. O vídeo do evento está disponível no canal da SES-MG no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=M-Qa4_-yvAc.

O subsecretário de Vigilância em Saúde da SES-MG, Eduardo Prosdocimi, apontou que o momento atual requer muita atenção às arboviroses e o apoio e participação dos municípios é fundamental para o enfrentamento do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya, zika e febre amarela. “Estamos no período sazonal das doenças, que ocorre entre os meses de outubro e maio, e é esta a época em que mais precisamos dos gestores para redobrar os cuidados, a mobilização e o enfrentamento das arboviroses nos territórios”, disse.

Segundo Prosdocimi, é essencial o trabalho coletivo de mobilização entre o Estado, os municípios e a população para que as ações e estratégias disponíveis impactem na prevenção e diminuição dos casos esperados. “É fundamental que os gestores municipais busquem o apoio da mídia local e façam parcerias com escolas e comércio para que as informações cheguem aos cidadãos”, destacou o subsecretário.

» Clique aqui e confira o Boletim Epidemiológico de Monitoramento dos casos de Dengue, Chikungunya e Zika Vírus da SES-MG (atualizado em 15/01/2024).

Dengue

No Brasil, a dengue foi identificada pela primeira vez em 1986. A principal forma de transmissão é pela picada do mosquito Aedes aegypti. Há registros de transmissão vertical (gestante – bebê) e por transfusão de sangue. A infecção por dengue pode ser assintomática, leve ou causar doença grave, levando à morte. Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C), de início abrupto, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele.   

Chikungunya

A Febre Chikungunya é uma doença transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. Os principais sintomas são febre alta de início rápido, dores intensas nas articulações dos pés e mãos, além de dedos, tornozelos e pulsos. Pode ocorrer ainda dor de cabeça, dores nos músculos e manchas vermelhas na pele. Os sintomas iniciam entre dois e doze dias após a picada do mosquito. Cerca de 30% dos casos não apresentam sintomas.  

Zika

O Zika foi identificado pela primeira vez no Brasil em abril de 2015. Os principais sintomas são dor de cabeça, febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos. Outros sintomas menos frequentes são inchaço no corpo, dor de garganta, tosse e vômitos.   

Cuidados

Ao apresentar os sintomas, é importante procurar um serviço de saúde. As ações de controle ocorrem, principalmente, na esfera municipal. Quando o foco do mosquito é detectado, e não pode ser eliminado pelos moradores de um determinado local, a Secretaria Municipal de Saúde deve ser acionada.   

E a população pode ajudar a combater os focos do mosquito. O que fazer:

*Tampar os tonéis e caixas-d’água.

*Manter as calhas sempre limpas.

*Deixar garrafas sempre viradas com a boca para baixo.

*Manter lixeiras bem tampadas.

*Deixar ralos limpos e com aplicação de tela.

*Limpar semanalmente ou preencher pratos de vasos de plantas com areia.

*Limpar com escova ou bucha os potes de água para animais.

*Retirar água acumulada na área de serviço, atrás da máquina de lavar roupa.

Fonte: SES-MG
Foto: Pixabay

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