AMM reúne mais de 500 prefeitos na Grande mobilização em defesa das premissas municipalistas na Reforma Tributária da CNM em Brasília

O presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM) e prefeito de Coronel Fabriciano, Dr. Marcos Vinicius, juntamente com centenas de prefeitos mineiros, participou do início dos debates, nesta terça-feira, da “Grande mobilização em defesa das premissas municipalistas na Reforma Tributária”, promovida pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), nos dias 15 e 16 de agosto, em Brasília.

Com a participação de mais de dois mil gestores municipais, sendo 1,4 mil prefeitos. Liderados pelo presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, os municipalistas dialogaram sobre os interesses dos entes locais na Reforma Tributária e a crise que tem se agravado nos municípios com o aumento das despesas e as recorrentes quedas nas receitas.

Durante a mobilização, Ziulkoski apresentou um estudo completo elaborado pela entidade que a cada R$ 100,00 que são arrecadados por pequenos municípios, R$ 91 são utilizados para o pagamento de pessoal e custeio da máquina pública. Assim, mais de 51% dos municípios estão no vermelho. O estudo elaborado pela entidade avalia uma série de realidades e elenca as consequências práticas das medidas que oneram os entes locais no primeiro semestre de 2023.

“Em nome dos prefeitos de Minas, queremos agradecer a CNM, mais uma vez, por discutir as pautas. Inicialmente, a proposta do movimento é a tributária, que começa a tramitar no Senado após o recesso para termos encontro com os senadores e deixarmos claro os impactos negativos no dia a dia da gestão pública, sobretudo nos municípios. Paralelamente, tivemos queda de arrecadação do FPM, do ICMS, do Fundeb e os famosos pisos. Então, a pauta ficou mais robusta. Em uma ação inédita da AMM, além de reunirmos 500 prefeitos em Brasília, estamos trazendo a parte técnica da Associação. E fizemos uma fusão com a parte técnica da CNM para troca de conhecimentos entre ambas e para repassar aos gestores a composição dos impostos, porque está diminuindo”, reforçou o presidente da AMM.

Soluções para a crise

A CNM tem feito ações para minimizar alguns gargalos das administrações municipais, como a cobrança para que sejam pagas emendas parlamentares do primeiro semestre do ano que estão em atraso. A redução em emendas de custeio no primeiro semestre de 2023 em comparação a 2022 foi de quase 73%, passando de R$ 10,43 bilhões para R$ 2,80 bilhões. Avaliando o total de emendas, a redução foi de 58%, passando de R$ 13,24 bilhões para R$ 5,62 bilhões.

Ziulkoski frisou que a entidade tem atuado para estender os termos da reforma previdenciária da União aos entes locais. “Estamos trabalhando para que aquela reforma da previdência que foi implantada na União seja estendida aos municípios também porque não se entende como a Federação pode existir sem possibilitar aos municípios essa reforma. Isso iria contribuir com um abatimento de 38% nos custos das prefeituras do Brasil”, disse.

Outra questão vista pela CNM como uma resolutiva para amenizar a situação dos municípios é o aumento de 1,5% do FPM com a aprovação da PEC 25/2022, que tramita na Câmara dos Deputados, e estabelece adicional de 1,5% ao FPM, a ser entregue no mês de março de cada ano.

Ao final da manhã, o presidente repassou as orientações para os prefeitos e destacou as agendas já confirmadas com lideranças no Congresso Nacional para apresentar as pautas dos municípios. Outra medida acertada na mobilização foi o envio de ofício ao governo federal cobrando o pagamento das emendas atrasadas e o pagamento de um novo auxílio financeiro aos municípios para amenizar a crise.

Reforma Tributária

Sobre a PEC 45/2019, o líder do movimento municipalista explicou de forma resumida a atuação da entidade nos últimos anos para que o texto que venha ser aprovado seja o mais benéfico aos municípios. “Infelizmente, não fomos atendidos em algumas das nossas mudanças. Teve uma emenda aglutinativa que não vem ao encontro das demandas do movimento municipalista. Nós estamos com nossas emendas que foram produzidas e estou entregando para cada um dos presidentes estaduais para que possam entregar para seus senadores a fim de que todos possam levar para os três senadores de cada Estado. Vocês precisam cobrar o encaminhamento deles depois também”, relatou Ziulkoski.

A diretora técnica da CNM, Thalyta Alves, apresentou detalhadamente, para apreciação dos gestores, as emendas que foram elaboradas pela CNM a fim de garantir que os municípios sejam contemplados com melhor distribuição de recursos e mais autonomia na reforma. “Nós estamos aqui preservando a liberdade dos municípios de fazer a sua agenda tributária de forma que eles [municípios] tenham autonomia para fiscalizar e gerir os seus impostos”, destacou a especialista.

Fonte: Agência CNM de Notícias

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