Nos últimos dois meses, prefeitos dos municípios – Carmópolis de Minas, Serro, Ribeirão Vermelho, Presidente Juscelino, Luz e Monte Sião – procuraram o presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM) e prefeito de Patos de Minas, Luís Eduardo Falcão, preocupados com os rombos nos caixas das prefeituras após ataques cibernéticos. Além das ações institucionais em busca de solução para o caso, a AMM preparou um material específico para auxiliar todos os gestores mineiros na prevenção desses ataques de hackers.
“É imprescindível os prefeitos treinarem suas equipes para conhecerem todos os dispositivos de segurança. Publicamos algumas orientações, mas é importante que todos os funcionários sigam critérios de segurança para garantir ambiente seguro aos dados e informações dos municípios mineiros”, afirma Falcão.
Atenção
– As contas financeiras devem ter dupla aprovação.
– Os acessos devem ser limitados por função.
– Criem autenticação em dois fatores.
– Façam alertas para movimentações atípicas.
– Agende treinamento contínuo da equipe.
Aos colaboradores
– Usem senhas fortes (mínimo 12 caracteres).
– Nunca compartilhem logins.
– Confiram, sempre, o domínio dos e-mails.
– Faça logout em computadores compartilhados.
Se houver vazamento de dados
– Isole os sistemas.
– Acione os setores de TI e Jurídico.
– Comuniquem o banco.
– Faça registro do boletim de ocorrência.
– Comunique o fato à população, de forma clara e precisa.
Entenda o caso
O presidente da AMM, Luís Eduardo Falcão, levou um grupo de prefeitos do Estado para uma reunião, no dia 11/9, com a diretoria da Caixa Econômica Federal em Brasília. O objetivo foi dar início à negociação extrajudicial para ressarcir essas prefeituras de pequeno porte que foram vítimas de golpes virtuais nas contas bancárias mantidas na instituição.
Os alvos da quadrilha de hackers são municípios com população entre três mil e 21 mil habitantes, que dependem basicamente de transferências da União e de repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) para sobreviver. O prejuízo foi de mais de R$ 11 milhões.
Diante da situação dramática relatada pelos prefeitos, a direção da Caixa acatou de imediato o pedido da AMM e dará início a uma negociação para garantir o ressarcimento das perdas. Para evitar novos rombos, a diretoria da Caixa se dispôs ainda a oferecer uma capacitação dos servidores desses municípios.
“A subtração desses valores, em orçamentos tão dependentes e já sobrecarregados, compromete diretamente o atendimento à população, afetando a compra de medicamentos, a manutenção de equipamentos, o pagamento de profissionais e a continuidade de programas assistenciais. A situação é ainda mais crítica, pois atinge a vida, um direito fundamental e cláusula pétrea da Constituição Federal”, ressaltou o presidente da AMM.
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