Uma política pública estruturante que celebra, valoriza e promove a cultura popular e tradicional em todas as regiões do Estado. Este é o objetivo do Minas Junina 2025, lançado pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, nesta segunda-feira (26/5), no Palácio das Artes, em Belo Horizonte. O segundo tesoureiro da AMM e prefeito de Diamantina, Geferson Giordani Burgarelli, representou o presidente da Associação e prefeito de Patos de Minas, Luís Eduardo Falcão, na solenidade do programa que articula os municípios, artistas e comunidades no maior circuito junino do Estado.
Mais de 400 municípios mineiros participarão das celebrações em 2025, com apoio do Estado, seja por meio do fomento direto, via editais regionais, da valorização dos patrimônios imateriais, ou com recursos do ICMS Cultural, que garantem autonomia e protagonismo às cidades na preservação e ativação de seus bens culturais e festejos tradicionais.
O Minas Junina é também uma política de desenvolvimento. Em 2024, segundo dados da Diretoria de Economia da Criatividade da Secult-MG, a captação via Lei Estadual de Incentivo à Cultura (LeiC) chegou a R$ 159 milhões, mobilizando centenas de projetos em festas populares, quadrilhas, reinados, congados, folias e as mais diversas áreas e expressões artísticas. Essa força econômica traduz-se em empregos, turismo local, valorização da identidade mineira e dinamização das cadeias produtivas da cultura.
Na capital, o Arraiá da Liberdade, promovido pela Fundação Clóvis Salgado e instalado nos jardins do Palácio da Liberdade, será, nos dias 27, 28 e 29 de junho, o palco simbólico dessa integração entre capital e interior. Dezenas de grupos de quadrilha, congos, catopês e outras expressões vindas de todas as regiões do estado ocuparão o espaço, celebrando o ciclo junino como momento de encontro, fé, arte e mineiridade.
O Minas Junina 2025 reforça ainda o reconhecimento das Congadas como Patrimônio Cultural Imaterial de Minas Gerais, título conquistado em 2024. Em 2025, o Estado amplia os investimentos nas tradições afro-mineiras com editais exclusivos e apoio técnico por meio do Programa de Proteção da Cultura Afro e do DescentraCultura.
Com a destinação inédita de 30% dos recursos públicos para a cultura popular e tradicional, Minas Gerais se afirma como referência nacional em políticas culturais democráticas, inclusivas e territorializadas.
O protagonismo do interior
É no interior que o Minas Junina revela seu poder de transformação social e cultural. Em Pavão, no Vale do Mucuri, o Forró do Regaço movimenta moradores e visitantes com shows, danças e comidas típicas. Piranguinho, no Sul de Minas, orgulhosamente realiza a XVIII Festa do Maior Pé de Moleque do Mundo, celebração reconhecida como Patrimônio Imaterial de Minas Gerais. O Festival Junino de Paraopeba, na Região Central, já se consolidou como evento de grande apelo regional, enquanto o 1º Juninão na Praça, em Rio Paranaíba, estreia com expectativa de se tornar referência no Alto Paranaíba.
Municípios como Itinga, Janaúba, Jequitinhonha, Lagoa da Prata, São João Nepomuceno, Pedra Azul, Monte Azul e tantos outros mostram a força das manifestações culturais locais, com festas que unem fé, música, dança e identidade. Participaram da solenidade, a subsecretária de Cultura, Maristela Rangel Pinto, o prefeito de Santa Bárbara, Alcemir Moreira, o segundo tesoureiro da AMM e prefeito de Diamantina, Geferson Giordani Burgarelli, o superintendente da AMM, Lu Pereira, o presidente da Fundação de Arte de Ouro Preto (FAOP), Wirley Rodrigues Reis (Teko), entre outras autoridades.