Secretaria de Saúde divulga novo levantamento do nível de infestação do Aedes aegypti nos municípios mineiros

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) divulgou os resultados do segundo Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LirAa/LIA) de 2023. A pesquisa, feita com os municípios mineiros entre 15 de maio e 2 de junho, é parte da estratégia de monitoramento e controle do mosquito transmissor dos vírus causadores da dengue, chikungunya e zika.

De acordo com os dados enviados à SES-MG por 817 municípios, 380 (46,5%) apresentaram o Índice de Infestação Predial pelo Aedes (IIP) igual ou menor que 0,9 e, por isso, receberam a classificação satisfatória, indicando que eles estão em situação de baixo risco de transmissão de arboviroses. Contudo, ainda havia 373 (45,7%) municípios em situação de alerta e 64 (7,8%) permaneciam em situação de maior risco (IIP maior que 4,0) para a transmissão das doenças no período investigado.

O IIP indica o percentual de imóveis que apresentaram recipientes infestados por larvas de Aedes, em relação ao total de imóveis que foram vistoriados pelos agentes de combate a endemias (ACE).

No primeiro LirAa de 2023, do mês de janeiro, dos 828 municípios que fizeram o levantamento, 319 (38,6%) estavam em situação de risco para a transmissão da dengue, chikungunya e zika, com IIP igual ou maior que 4. Outros 339 (41%) estavam em alerta e, em apenas 169 (20,4%), o indicador foi classificado como satisfatório, com IIP igual ou menor que 0,9.

Recipientes infestados

O LirAa possibilita identificar também onde o mosquito está procriando, por meio do Índice por Tipo de Recipiente (ITR), que indica o percentual de cada recipiente encontrado com larvas de Aedes aegypti nos imóveis, em relação a todos aqueles encontrados infestados durante as visitas dos agentes de combates a endemias dos municípios.

Em maio deste ano, a maioria (28,4%) dos recipientes infestados pelo Aedes em Minas Gerais foram os depósitos móveis (vasos ou frascos, pratos, bebedouros, materiais em depósitos de construção etc.), seguidos dos depósitos passíveis de remoção/proteção, como lixo, sucata e entulho (19,5%), e dos depósitos utilizados no armazenamento de água para consumo humano ao nível do solo (16,2%), como tonel, tambor, barril, filtro etc. É importante ressaltar que o perfil dos recipientes mais infestados em maio é muito semelhante ao encontrado no levantamento de janeiro de 2023.

Já os tipos de depósitos de água encontrados infestados com menor frequência foram os fixos, como tanques em obras, calhas, lajes, piscinas, ralos (13,9%), os depósitos de água elevados ligados a sistema de captação (9,7%), os pneus e outros materiais rodantes (7,3%), e, por fim, os depósitos naturais, como bromélias, ocos de árvores e rochas (4,6%).

Prevenção

Historicamente, as regiões do Estado que sofrem com escassez de água com a chegada do inverno têm o costume de armazenar água em recipientes ao nível do solo, deixando-os mal vedados ou mesmo sem tampa, permitindo o livre acesso das fêmeas grávidas do Aedes. Como os ovos do Aedes se mantêm viáveis por até mais de um ano, quando os recipientes são preenchidos por água, as larvas eclodem desses ovos e dão continuidade ao ciclo de vida em qualquer estação do ano. Sendo assim, é importante que a comunidade e os agentes de combate a endemias façam um trabalho educacional o ano todo, a fim de evitar a formação de novos criadouros de Aedes aegypti nos imóveis.

Ações contínuas

O Aedes aegypti circula durante todo o ano e seu monitoramento e controle ocorrem de forma contínua no Estado de Minas Gerais, com intensificação das estratégias de combate no período sazonal das arboviroses, quando aumentam o calor e as chuvas.

Entre as ações da Secretaria de Estado de Saúde, destacam-se o monitoramento semanal de casos, a elaboração de boletim epidemiológico e o planejamento de solicitação de inseticida, juntamente com o Ministério da Saúde, para o envio aos municípios, além de reuniões periódicas com as Unidades Regionais de Saúde para discutir e orientar sobre as medidas de prevenção e controle dessas doenças.

Panorama do Estado

Com a chegada do inverno, o Estado de Minas Gerais sai do período sazonal para as arboviroses, e nota-se redução significativa da notificação de casos suspeitos dessas doenças. Ainda assim, o alerta permanece.

Até o dia 20 de julho, foram notificados 394.735 casos de dengue, dos quais 250.604 foram confirmados, sendo 159 óbitos.

Quanto à chikungunya, foram notificados 81.796 casos, com confirmação de 58.348 casos e 32 óbitos.

Já em relação à zika, houve 169 notificações e 28 casos confirmados e não houve óbitos.

Os dados estão disponíveis no Painel das Arboviroses e podem ser acessados em: www.saude.mg.gov.br/aedes/painel.

Fonte: Jornalismo SES-MG

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