Secretaria de Saúde anuncia fim de emergência em saúde pública devido ao cenário das arboviroses

Foi publicado, nesta semana, o Decreto 462, de 1º de julho de 2024, que revoga o decreto NE nº 64, de 26 de janeiro de 2024, de emergência em saúde pública em razão do cenário epidemiológico de arboviroses. A determinação foi confirmada pelo secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, em coletiva de imprensa, nesta quarta-feira (3/7), em Belo Horizonte, quando anunciou o fim da emergência em saúde pública no Estado em razão do cenário epidemiológico das arboviroses.

“Nesse momento, o estado inteiro tem queda constante de casos e a maior parte dos municípios não está mais com alta incidência, mas as ações para evitar os focos do mosquito continuam”, afirmou Fábio Baccheretti.

A SES-MG está investindo R$ 30,5 milhões para que os municípios contratem o serviço de drones que serão utilizados na identificação, monitoramento e tratamento dos focos e criadouros do Aedes aegypti, permitindo uma atuação mais direcionada e eficaz por parte das Secretarias Municipais de Saúde. Desse total, foram repassados R$15 milhões em 2023 e o restante será pago nos próximos meses, sendo beneficiados diretamente 34 municípios com população acima de 100 mil habitantes, 27 com população entre 30 mil e 100 mil habitantes e os outros 792 por meio dos consórcios intermunicipais de saúde.

Vacinação

Minas Gerais recebeu 289.410 doses de vacina contra a dengue desde o mês de fevereiro, que contemplaram 192 municípios para imunização do público de 10 a 14 anos. Até o momento, foram aplicadas 100.158 doses.

Panorama

O Estado viveu, no último período sazonal (desde novembro de 2023), a maior epidemia de dengue da série histórica, ficando atrás somente de São Paulo entre as unidades da federação com o maior número de casos.

Até o dia 1º de julho, foram notificados 1.655.644 casos prováveis de dengue no Estado, sendo 970.216 confirmados. Desses, 15.014 foram considerados graves ou com sinal de alarme. Foram confirmados 764 óbitos e outros 732 óbitos estão em investigação.

Em relação à chikungunya, até o momento, foram notificados 143.995 casos prováveis, sendo 109.953 confirmados. Foram 83 óbitos devido à doença e 32 seguem em investigação.

Até 15/6, foram contabilizadas 36.196 internações por dengue e 196 por chikungunya no Estado.

O número de casos prováveis de zika em Minas Gerais chegou a 275 notificações com a confirmação de 38 casos (registrados pelos municípios no Sistema de Informação de Agravos de Notificação – Sinan). Todavia, a Secretaria de Estado de Saúde esclarece que não há registro de casos de zika confirmados por método direto (RT-PCR) desde 2018, no Estado.

Confira o boletim aqui.

Biofábrica Wolbachia

As obras da Biofábrica Wolbachia foram concluídas e entregues no final do mês de abril e a previsão de início das operações é até janeiro de 2025. 

As obras foram executadas pela Vale S.A, como parte do Acordo Judicial, assinado pelo Governo de Minas, o Ministério Público de Minas Gerais, o Ministério Público Federal, a Defensoria Pública de Minas Gerais e a mineradora, que visa reparar os danos decorrentes do rompimento das barragens em Brumadinho.

A estimativa é de que a produção semanal da biofábrica, depois do início das atividades, seja de dois milhões de mosquitos que, uma vez inseridos no meio ambiente, vão se reproduzir com os Aedes aegypti locais e estabelecer uma população com Wolbachia, que não transmitem as doenças.

De acordo com o termo de compromisso firmado entre as partes, os mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia pipientis produzidos na biofábrica serão destinados aos 22 municípios da Bacia do Rio Paraopeba. A expectativa da SES-MG é que ocorra a expansão da produção de mosquitos para todo território estadual.

Fonte: Jornalismo SES-MG

Mais informações com a assessora técnica de Saúde da AMM, Juliana Marinho, pelo WhatsApp (31) 2125-2400.

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