O Governo de Minas Gerais anunciou a abertura de 50 novos leitos em unidades da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) e a antecipação de R$ 8 milhões em recursos estaduais para municípios que decretaram situação de emergência em saúde pública. As ações visam fortalecer a rede de atendimento diante do aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Estado.
Durante coletiva de imprensa no Batalhão de Operações Aéreas do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, detalhou as medidas. Serão disponibilizados 10 leitos de UTI pediátrica no Hospital Infantil João Paulo II, 10 de UTI adulto e 10 de UTI neonatal no Hospital Júlia Kubitschek, 10 de UTI adulto no Hospital Eduardo de Menezes e 10 de cuidados intermediários na Maternidade Odete Valadares.
A Fhemig também está contratando 110 novos profissionais de saúde, entre médicos pediatras, intensivistas, enfermeiros, fisioterapeutas respiratórios e técnicos para reforçar as equipes de atendimento dessas unidades hospitalares.
A antecipação dos recursos financeiros, no valor de R$ 5,7 milhões, será destinada exclusivamente às cidades que decretaram emergência em saúde pública. “Começamos a enviar os recursos a todos os municípios no ano passado, para que se preparassem para 2025”, ressaltou o secretário.
Até o momento, os municípios que decretaram emergência são: Belo Horizonte, Betim, Conselheiro Lafaiete, Contagem, Diamantina, Ipatinga, Mariana, Pedro Leopoldo, Santa Luzia, Sete Lagoas, Ribeirão das Neves, Uberlândia e Unaí.
De acordo com o Painel de Dados Públicos de Regulação do Acesso, até 6/5 foram registradas 30.080 internações no SUSFácilMG associadas a quadros de SRAG, sendo 3.059 de bebês de até um ano e 16.852 de pessoas com mais de 60 anos. No mesmo período de 2024, esses números foram de 29.611 internações, sendo 3.422 de bebês de até um ano e 16.601 de pessoas com mais de 60 anos.
Em relação aos óbitos, foram notificados no sistema Sivep-Gripe 438 óbitos por SRAG em 2025 e, no mesmo período do ano passado, foram 893. As regiões Centro, Norte e Triângulo do Sul concentram os maiores números de solicitações de internação devido a complicações de doenças respiratórias.
Como parte das ações de enfrentamento, o governo estadual decretou situação de emergência em saúde pública em 2/5. A medida permite a adoção de ações administrativas e assistenciais para adequar a capacidade de atendimento. Além disso, foi instituído o Centro de Operações de Emergência em Saúde por Síndrome Respiratória Aguda Grave (COE-Minas-SRAG), composto por representantes da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), Fhemig, Fundação Ezequiel Dias (Funed) e Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais (Cosems-MG).
O COE-Minas-SRAG é responsável por gerenciar a resposta às emergências, monitorar e consolidar os dados epidemiológicos e de assistência, apoiar os municípios e estabelecer diretrizes de atuação para o enfrentamento do período sazonal. Além disso, foram realizados webinários e cursos de qualificação com os profissionais de saúde das Unidades Regionais de Saúde e municípios.
A SES-MG também reforça a importância da vacinação contra influenza e covid-19 como medida preventiva. A população é orientada a procurar as Unidades Básicas de Saúde ou as vans do vacimóvel para se vacinar, protegendo-se contra as formas graves das doenças e reduzindo o agravamento dos sintomas.
