Gestores devem sensibilizar população para aumentar índice de procura pela vacina contra a poliomielite

A campanha de vacinação contra a poliomielite foi encerrada no dia 14 de junho, mas as vacinas seguem disponíveis para a aplicação de rotina nos postos de saúde. Segundo dados da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), pouco mais de três milhões de doses foram aplicadas e o público-alvo é de 10,5 milhões de crianças de 0 a 4 anos de idade. 

Ao comentar a conjuntura da vacinação no País, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, destacou que estados e municípios devem tornar a imunização mais ampla para atingir mais pessoas e facilitar o acesso da população. “A vacina tem que chegar perto. Às vezes as pessoas não se dão conta devido à falta de tempo. Por isso, tem que ter vacinação na escola e nos postos com horários ampliados”, defendeu. 

A campanha deste ano é estratégica para o enfrentamento à poliomielite, pois o País está em fase de transição para substituir as duas doses da vacina oral poliomielite (VOP) para apenas um reforço com a vacina inativada poliomielite (VIP). Ou seja, o esquema vacinal e a dose de reforço serão feitos exclusivamente com a VIP, a partir do segundo semestre de 2024.

Certificação

O Brasil não registra casos de poliomielite desde 1989 e, cinco anos depois, em 1994, recebeu a certificação de área livre de circulação do poliovírus selvagem. No entanto, no ano passado, o País foi classificado como de alto risco para a reintrodução do poliovírus pela Comissão Regional para a Certificação da Erradicação da Poliomielite na Região das Américas (RCC). Essa categorização se deu a partir do desempenho das coberturas vacinais, dos indicadores de vigilância epidemiológica das paralisias flácidas agudas (PFA) e do status de contenção laboratorial dos poliovírus, por exemplo. 

Em 2022, 77% das crianças com menos de um ano receberam a dose da VIP. Já em 2023, esse número saltou para 84,63%, de acordo com dados preliminares.

Fonte: Ministério da Saúde

Mais informações com a assessora técnica de Saúde da AMM, Juliana Marinho, pelo WhatsApp (31) 2125-2400.

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