AMM alerta para grave desabastecimento de vacinas em municípios mineiros e cobra ação imediata do Ministério da Saúde

Pesquisa revela falta crítica de imunizantes essenciais, ameaçando a saúde pública em Minas Gerais

A Associação Mineira de Municípios (AMM) acende o sinal vermelho para um problema alarmante que afeta a saúde da população mineira: o desabastecimento de vacinas no estado. Em levantamento realizado com 190 prefeituras, 89,5% delas informaram falta da vacina contra varicela (catapora), com atrasos que chegam a ultrapassar dois anos em algumas regiões. Outros imunizantes fundamentais também apresentam escassez preocupante, como a vacina Tetraviral (30,8%), Covid-19 para crianças (32%) e adultos (23,8%), além da vacina contra Dengue – Qdenga (25,6%) e Mpox (16,3%).

Os dados evidenciam que o volume de vacinas distribuído pelo Ministério da Saúde tem sido insuficiente para suprir a demanda municipal, causando filas de espera, restrição de público e comprometendo o calendário vacinal oficial. A situação coloca em risco avanços históricos no combate a doenças como sarampo, poliomielite e coqueluche, e exige uma resposta rápida e coordenada do governo federal.

“Estamos diante de uma crise de saúde pública que não pode ser ignorada”, alerta Luís Eduardo Falcão, presidente da AMM e prefeito de Patos de Minas. “A AMM tem a responsabilidade de dar voz aos municípios e denunciar esse cenário que ameaça diretamente a vida da população. Exigimos do Ministério da Saúde um plano claro, transparente e eficaz para garantir o abastecimento regular de vacinas em todo o estado.”

A assessora técnica do departamento de Saúde da AMM, Juliana Marinho, reforça a necessidade de medidas urgentes: “O Programa Nacional de Imunizações está comprometido pela falta de vacinas. O Ministério da Saúde precisa apresentar um plano de ação imediato, com cronograma de reabastecimento e garantias de que toda a população terá acesso aos imunizantes de forma contínua.”

Diante desse cenário, a AMM encaminhou ofício ao Ministério da Saúde e à Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), solicitando providências e uma distribuição mais eficiente das vacinas, de forma a garantir o abastecimento adequado das unidades de saúde municipais.

A Confederação Nacional de Municípios (CNM) também tem acompanhado com atenção a defasagem na entrega de vacinas aos municípios brasileiros. Nos últimos seis meses, a entidade realizou duas pesquisas de abrangência nacional, que revelaram um cenário preocupante: um em cada três municípios ainda relata a falta de imunizantes. Na terceira edição do levantamento, divulgada no início de junho, foi identificado que o desabastecimento da vacina contra a varicela (catapora) permanece como o mais recorrente, afetando 32% das localidades consultadas.

A AMM reforça seu compromisso com a saúde pública, mantendo o monitoramento constante da situação, realizando novos levantamentos e cobrando ações transparentes e eficazes por parte do governo federal. A entidade também se coloca à disposição dos gestores municipais para oferecer suporte técnico e mobilização em defesa do fortalecimento do sistema de saúde nos municípios mineiros.

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